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Luto por suicídio: da morte à criação de propósitos

  • Foto do escritor: Letícia Sayuri Pastore
    Letícia Sayuri Pastore
  • 14 de fev.
  • 2 min de leitura

Na jornada do luto por suicídio, é importante frisarmos que este é um processo gradual. A perda de um ente querido traz a necessidade de uma série de adaptações, tanto internas quanto externas. O suicídio, por ser uma morte de caráter violento, causa algumas coisas a mais nos enlutados.


Neste post, exploraremos de forma geral como o processo do luto por suicídio pode se desdobrar, desde a morte até a criação de novos propósitos, de acordo com a Dra. Sheila Clark, autora do livro "Depois do Suicídio".



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Inicialmente, talvez você fique chocado e confuso, se sinta culpado, talvez pareça que o chão debaixo dos seus pés tenha sumido, e você só consiga viver um minuto por vez, dia após dia.


Após o enterro, pode ser que haja uma piora no luto ao invés de melhorar, por conta do estranhamento de ter que enterrar ou cremar o corpo do seu ente querido. A natureza irreal da morte pode muitas vezes nos deixar meio aéreos ou trazer uma dor que envolva a pessoa que você ama e que se foi, e não irá mais voltar.

Depois de 3 a 4 meses, o ponto crítico do luto é atingido - a realidade bate a porta e você percebe que seu ente querido não irá mais voltar. Talvez pra você seja difícil aceitar esse fato, talvez você lute contra ele, chore, anseie, e talvez leve muito mais tempo. Talvez você se sinta exausto, física e emocionalmente. E isso é completamente normal e comum. É importante visitar seu médico nesse momento para avaliar sua saúde e ver se você precisa de ajuda.



Depois dessa fase, vem a sobrevivência. É um tempo em que você percebe que a vida recuperou sua normalidade. Haverão dias bons e dias maus, é normal haver oscilação entre extremos - entre desespero e força.


Nos primeiros estágios, você terá dificuldade de assimilar que seu luto terminará e que sua jornada terá uma fase ascendente. Mas na fase da cura, a dor e tristeza intensas que você está sentindo irão se amenizar e a recordação da pessoa querida ficará mais vívida em sua mente. Você irá conseguir olhar novamente para o futuro, para planejar e investir em sua vida, embora essa seja uma vida diferente da que você estava planejando e vivendo antes.



Num último estágio, você descobrirá forças que nem sabia que tinha. O mero fato de conseguir sobreviver exige determinação, inteligência e força. O crescimento virá, e você descobrirá que é possível encontrar sentido e propósito em sua tragédia e dor, encontrando novo senso de propósito e criatividade em sua vida. As pessoas realizam isso de formas diferentes: cuidando dos outros, aprimorando algum talento, ficando mais sensíveis à natureza ou ao desenvolvimento de sua filosofia de vida. Leva um tempo até você aceitar seu novo "eu".



Fonte: Livro "Depois do Suicídio", da Dra Sheila Clark.

 
 
 

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